Agora eu me lembro. A Música Nunca Parou.

“Esse poder que música tem sobre você, esse sentimento, ele também está em Gabriel”

A música é transcendental. Ela ultrapassa tudo, sentimentos, lugares, sensações, aproxima pessoas. Já sentiu algo inexplicável ouvindo uma música que você ama? Eu também. Ela tem o poder de te levar para o lugar que você a ouviu pela primeira vez, o que sentiu naquele momento, quem sabe até o cheiro que sentiu, vamos fundo dentro de nosso interior quando uma música nos toca os ouvidos. A música abraça nossa alma.

Se a música tem esse enorme poder, de lembranças, sentimentos e sensações, será que ela consegue recuperar uma memória extremamente danificada por um tumor? Uma pessoa, com uma grave danificação em sua memória, que não grava novas memórias e nem consegue acessar as que já estavam gravadas, consegue, com o poder da música, lembrar de seu passado? Ligar tudo através do poder da música em seu interior?

Dirigido por Jim Kohlberg, A Música Nunca Parou (The Music Never Stopped) é um filme baseado no livro “O Último Hippie”, de Oliver Sacks, que estreou no Festival Sundance de Cinema em 2011. O elenco conta com J.K. Simmons, como Henry Sawyer, Julia Ormond, como Dianne Daley e Lou Taylor Pucci, como Gabriel Sawyer.

Gabriel é encontrado pela família depois de anos que saiu de casa. Ele teve um grave tumor em seu cérebro que o impede de produzir novas memórias e acessar as já gravadas. Seus pais ficam em estado de choque ao vê-lo assim. Começam o tratamento, para que o filho tente ir se recuperando, o tanto que puder, mas não surte muito efeito. Henry, seu pai, começa a buscar novos caminhos e descobre um tratamento novo e em fase de experimentos que usa música para ajudar no tratamento.

Usando La Marseillaise, que funcionou em outro caso de amnésia, eles conseguem uma reação, muito modesta, apenas no curto período da famosa introdução, a mesma que consta na música All You Need is Love, dos Beatles. Quando a doutora coloca Gabriel para escutar a música dos Beatles, ele tem uma reação espantosa. Ele se lembra de tudo sobre a música, quando a ouviu, o sentimento, tudo. Através das músicas preferidas de Gabriel, eles começam a tentar recuperá-lo da devastação que o tumor causou em sua memória.

Um filme maravilhoso, que demonstra todo o poder da música. Mostra que, com música, podemos tocar o ponto mais profundo das pessoas. Música fala diretamente com o nosso interior e nos toca a alma.

A música nunca parou em Gabriel e é ela que tem a chave para uma possível recuperação. Recomendo!

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