Quando você diz que não tem companhia pra nada, que está entediada, que não tem nada pra fazer, me pergunto por que não me chamar nessas horas. Às vezes parece que eu sou só uma distração barata que ri de você enquanto conta histórias de romance e como você não tem roupa pra sair. Eu tô aqui do seu lado já tem algum tempo, eu só queria saber por que não eu. Eu entenderia se você me desse alguma explicação e manteria a nossa amizade numa boa, mas é inevitável não querer algo a mais com você: a pessoa mais interessante que eu conheço. Se eu te elogio bate logo a culpa: você não vai perceber que eu estou aqui topando até algo além da nossa amizade, que eu prezo tanto. Tolo fui eu de me apaixonar, eu sei. Mas quem não se apaixonaria?
Essa solidão que você sente, eu posso preencher. Posso te levar nos braços para a cama, no seu sono mais profundo. Posso até cozinhar pra você enquanto você cita um livro, uma música e recita um poema de algum poeta pop. Eu suportaria até seu gosto musical duvidoso se você quisesse. Aliás, eu já faço tudo isso, mas eu queria ser mais que uma amizade que pode virar pó com o passar dos tempos.
Enquanto você fantasia com um reino encantado, eu fico no meu canto me sentindo o ogro da relação. Poxa vida, será que algum dia eu vou conseguir me posicionar e te dizer tudo isso que eu sinto? Estou tentando procurar motivos pra te perguntar, mas a minha vergonha sempre fala mais alto. O que eu quero, eu já sei, só não sei dizer com palavras ditas ou escritas. Mas tô disposto a te conquistar um dia e te mostrar que os filmes que eu não vi, as músicas que eu não escutei, são só questão de oportunidade, que podemos fazer isso de mãos dadas.
E, se quando eu te disser você não animar, só vou te perguntar "por que não eu?". Você pode acompanhar meus textos clicando aqui.
0 commentaires:
Enregistrer un commentaire