Vejo, hoje, tantas pessoas vazias, sem conteúdo, sem uma ideia, não passíveis de uma discussão saudável, por mais singela que seja. Devem ainda não ter percebido que tudo é passageiro, efêmero, volátil.
As pessoas não mais tentam engrandecer a alma, tornarem-se ricas, mas de um elemento que dinheiro algum é capaz de abarcar, é riqueza ideológica, aquela de se ter uma boa conversa, um ideal para disseminar, uma razão bem definida, uma posição certa, infelizmente, ainda não aprenderam o significado de viver, do verdadeiro sentido de se estar aqui, apenas existem, coexistem.
Não há mais formação de ideias, não mais se entregam a uma causa. Meu maior medo? Morrer sentindo-se vazio, no sentido de nunca ter feito nada para tornar o mundo um pouco melhor ou mesmo não ter feito a diferença na vida de alguém. Pode parecer meio utópico, até, mas é um objetivo, disseminar a boa aventurança, é viver não para ser notado, mas para que sua falta seja sentida, e para isso, o ser não pode ter sido vazio, é preciso ter feito mais do que apenas existir.
Assim, é necessário alcançar uma plenitude que poucos conseguem, é pensar sobre tudo, é repensar a posição do todo, é preciso não ser mais do mesmo.
Como disse Benjamim Disraeli: “A vida é muito curta pra ser pequena.”
Autor: Raimundo Natalier Albuquerquer Júnior
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