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Publié par
Unknown
Um dia, o que eu pensei vão inevitavelmente pensar de mim. De uma forma ou de outra. Por isso gosto de pôr parábolas com a curva para baixo entre meus olhos e acreditar na graça disso. Não gosto muito do óbvio, que vive enchendo nossos ouvidos até não caber mais. Gosto dos simples e ágeis pensamentos, com certa economia, para viver mais do que prever. Alguns deles dizem muito respeito às criticas de infância, aos gostos da mãe ou do pai, incompreensíveis àquele tempo, mas totalmente entendidos mais tarde. Penso em como será o futuro dos meus costumes de agora. Rio-me: muito provavelmente Mallu Magalhães corresponderá à Marisa Monte no aparelho de cd da minha mãe, e camisas largas às calças boca de sino do guarda-roupas dela, quando minha filha ou filho vier me falar sobre o absurdo de meus gostos. E seguindo bem o gene, fará desses os favoritos na adolescência: vestirá minhas roupas e baixará minhas playlists. Ou não. Mas em alguma curva, o sentido dos julgamentos vai mudar e se fundirá ao meu, ao seu, ou ao de quem quer que seja. Mas penso eu, no meio dessa metamorfose toda, ser essa a beleza do ciclo: somos como a água de um rio, sempre nos afastando e nos aproximando, de acordo com a corrente, da essência de outras fontes
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