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adstera

dimanche 22 janvier 2012

Ele não quer só amizade!

Há um tempo, estava respondendo os e-mails de contato do Blog... De repente, me deparo com dezenas deles com pedidos de ajuda. Leitoras querendo desabafar, precisando de um conselho. Aí eu me toquei: OMG!, quanto tempo não uso a tag Entre Amigas justamente para isso! Pode até parecer sem justificativas, mas eu realmente tenho uma. O formulário de contato do Blog simplesmente desviou para outro e-mail que eu não uso. E sabe o que aconteceu? Esse tal e-mail estava desativado e perdi todas as mensagens que recebi até então... Para recuperar foi um custo danado e só consegui há pouco tempo. Não sei nem como me desculpar há essas leitoras que mandaram suas histórias e eu ainda não tinha respondido... prometo que todas aparecerão aqui! Mas tudo foi solucionado! 
Hoje o pedido de socorro vem da leitora L. A., que tem um amigo que quer ela de outra forma. Mas ela não gosta dele!
E agora?

"Oi Mari, primeiro eu quero falar que amo seu blog, você é muito fofa e não posso negar o quanto consigo me identificar com o que você escreve... suas palavras sempre contam um pedacinho da minha história, e até hoje vir até aqui me serve de consolo... Sempre que venho me deparo exatamente com o que preciso ler. Obrigada por ser essa minha psicóloga inconsciente (risos). 
Então Mari, mais uma vez eu preciso da sua ajuda! A minha história é a seguinte: eu conheço um garoto (o G.) há muito tempo, acho que uns quatro ou cinco anos. Eu sempre fui muito tímida, e no início nós mal conversávamos... Até que um dia num churrasco, ficamos a tarde toda conversando, e percebi o quanto tínhamos coisas em comum! E daí para frente, ele me ligava todos os dias, algumas vezes me chamando para sair com os amigos dele... Com o tempo, conquistamos a amizade um do outro. Eu comecei a perceber um certo comportamento estranho da parte dele, pelo fato que ele sempre jogava umas indiretas ou até mesmo insinuava que ia me beijar. Mas no meu ponto de vista, aquilo era só brincadeira de amigo. 
Até que, sem mais nem menos, ele apareceu na minha casa, precisando conversar comigo.. e disse que gostava muito de mim e faria tudo para nós ficarmos juntos. E me pediu em namoro! Você imagina o susto que eu levei né Mari? Sem saber o que fazer na hora, eu disse que não dava porque eu não gostava dele da mesma forma... E fui me afastando... tudo por causa da minha timidez. Já fazia quase meio ano que não nos falávamos mais. Porque mudou tudo, sabe? Nunca mais fomos os mesmos. Ele passou a me mandar mensagens, falando o quanto tinha se arrependido disso, que numa tentativa de me ganhar, ele me perdeu. Eu sabia que ele estava fazendo isso para me deixar com o sentimento de culpa! Ele se passava pelo pobre coitadinho só para me conquistar... porque no fundo eu o conhecia à ponto de saber o quanto ele não prestava... Sei lá Mari, sei que comigo ele é diferente... o G. me trata bem, como uma princesinha. Tantas meninas aí querendo um cara desses, e eu não dou valor no que tenho. Mas eis o problema: eu não gosto dele! Não consigo enxergá-lo dessa forma, sendo meu namorado. Juro que já tentei, com todas as minhas forças, a gostar dele... mas eu não consigo! É uma coisa que eu não vejo no meu futuro, entende? Eu não gosto dele mesmo, ele é meu amigo, mas agora parece que nossa amizade está para acabar a qualquer hora... eu não quero isso também, Mari! Não sei o que faço! Me ajuda?" – L. A., 16 anos, via e-mail.

Oi L., muito obrigada pelos elogios, é muito gratificante saber disso!
Uau, que polêmica! Não é a toa que você está assim, tão dividida entre seus sentimentos por ele. Amor ou amizade? Que difícil. Pelo seu relato, fiquei imaginando o que o fez gostar tanto assim de você... O que houve naquela primeira conversa que fez com que ele gostasse mais de você do que você dele? O G. viu que você era uma garota muito especial, logo de cara! Tanto que já foi tendo seu espaço, tornando seu amigo.. Talvez desde o início ele tivesse essa intenção: de querer você de outra forma. Hora alguma vi sua timidez como algo que atrapalhasse você ou até mesmo ele, afinal isso não impediu nenhum dos dois de fazer o que queriam. Ele conseguiu seu espaço aos poucos e você também foi aberta com o G.. Eu entendo seu ponto de vista quanto a isso, tanto que quando ele te disse o que sentia, isso te assustou e muito! Faltou reação, ar e qualquer palavra que coubesse naquele momento... Fiquei com a impressão que quando o G. disse dos seus sentimentos, você acabou se sentindo intimada, invadida... afinal, não era para ser assim. Você só queria a amizade dele, então por quê ele estaria desviando tanto o rumo das coisas? Mas olha L., acho que não foi falta de avisar... porque ele foi te dando sinais, da forma como convinha para ele! Faltou portanto, um pouco da jogada da amizade... parece que ele ficou sem entender o teu lado e resolveu arriscar tudo! E arriscou um bocado, né? Antes mesmo de saber o que você pensava, logo te pediu em namoro... Sinceramente, foi muito precipitado da parte dele!
Por instinto, você preferiu se afastar... depois de tudo isso, a razão falou mais alto que a emoção, e logo vocês já estavam há seis meses sem ter o mesmo contato de antes. Será que foi o certo, L.? Precisava mesmo da distância para você se adaptar com os sentimentos dele? A questão da convivência é muito frágil, porém se for aprofundada, é duradoura. Vocês já se conhecem tanto que logo entendeu que os lances das mensagens era para te deixar preocupada. Se ele te trata bem, por que não dar uma chance? Mesmo que ache que ele não preste... Se com você ele é diferente, é isso que importa! Claro L., não deixe de mostrar o seu devido valor e o quanto você é única! Ele percebeu isso muito antes de você também, e mesmo que não goste dele, permita conhecer esse lado dele. Tente essa experiência, deixe-se levar pela sensação de gostar do G. como ele gosta de ti. Não deixe a amizade acabar, porque lá na frente, quando doer e faltar, talvez seja tarde demais, já pensou nisso? Nem que seja para salvar a amizade que vocês que está enfraquecendo aos poucos...
Vou te contar uma historinha, que condiz com o que quero dizer: No Oriente Médio, seguindo a religião deles, duas pessoas nascem prometidas uma para outra. As meninas crianças já têm um marido antes mesmo de conhecê-lo. E assim crescem, e até o momento do casamento, eles nem sequer se viram. Muitos dizem ser para unir os bens de duas famílias para ambas se fortalecerem. No entanto, entre as famílias mais pobres, o ritual prossegue sem ter um aspecto financeiro. O que dita a lenda da religião deles, é que um casal que não se conhece ainda, só durante o casamento poderão descobrir como amar o seu cônjuge. E dessa forma, aqueles casais que se formam antes de casar, têm grandes tendências a se separarem, porque todo aquele fogo da paixão, do amor e do desejo, pode exaurir nas metades do casamento. Por isso eles acreditam que o amor num relacionamento entre homem e mulher só é eterno se for iniciado logo no casamento.
Enfim, L., creio que você e o G. precisem disso. De se descobrirem ao longo do tempo. Supere essa timidez, prove esse novo sabor. Se não der, diga que não dá e pronto, mas não o magoe. Salve a amizade de vocês, porque você também não quer perdê-lo. Espero que tenha te ajudado, L.! Torço por vocês.

Precisa de um conselho? Algo te incomoda? Quer desabafar? 
Entre em contato comigo, marque o assunto "Entre Amigas" e envie sua história que farei o possível para te ajudar! Nenhuma informação pessoal será revelada no Blog.
Bisou bisou, Mariana.

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